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Graduado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Mestrando em Ciência Animal e Pastagens pela UFRPE.

sábado, 15 de janeiro de 2011

ALEITAMENTO ARTIFICIAL

O aleitamento artificial nada mais é do que o fornecimento de leite aos bezerros separados da mãe, neste sistema podem ser utilizadas várias dietas como: leite, leite desnatado, e sucedâneos. Entre as vantagens deste tipo de aleitamento podemos citar a maior higiene na ordenha, o conhecimento da real produção do animal, o aumento de sua eficiência reprodutiva, sabermos o volume real de leite ofertado aos terneiros. Entre as desvantagens, podemos citar o aumento da mão-de-obra, melhoria nas instalações, higiene dos recipientes utilizados, temperatura do leite, o tempo e as condições de armazenamento entre a ordenha e o fornecimento, etc.

A higiene dos recipientes utilizados no aleitamento artificial deve ser bem feita, tanto o balde quanto a mamadeira devem ser muito bem lavados e desinfetados, pois quando são lavados e não desinfetados ou quando não são lavados nem desinfetados, esses recipientes são fatores predisponente a incidência de diarréias. A temperatura do leite deve ser entre 30°C e 38°C, outro fator importante é a regularidade, o leite deve ser fornecido em temperatura semelhante nas diversas refeições.

O fornecimento de leite ou sucedâneo no balde, implica em uma passagem mais rápida pelo abomaso, reduzindo a ação das proteólises neste compartimento. Segundo Lucci (1989), quando a ingestão é muito rápida (superior a 40 g/Kg de peso vivo/minuto), podem surgir diarréias persistentes em bezerros de 3 a 4 semanas de idade.

Quando o fornecimento de leite ou sucedâneo é feito na mamadeira, promove uma maior insalivação, promovendo uma maior ação de enzimas pré-gástricas, além de formar a goteira esofagiana. Sua desvantagem é a dificuldade de limpeza após o uso.

Em sistemas de desaleitamento precoce recomenda-se administrar o leite em duas refeições diárias. Nestes sistemas também é freqüente o aparecimento do vício de chupar, principalmente em boxes coletivos, onde os animais ficam em contato uns com os outros logo após a administração do leite. O terneiro passa a satisfazer seu instinto de sucção apanhando a orelha, o umbigo ou o teto do companheiro (LUCCI, 1989). Portanto é comum encontrar nos bezerros, feridas nas orelhas e nos umbigos que são porta de entrada para bicheiras e microrganismos patogênicos. A maneira mais eficaz de contornar este problema é a separação eficiente entre os boxes e em casos de boxes coletivos, a contenção desses animais por 30 min após a administração do leite.

A ingestão de feno pelo terneiro é muito importante, pois este provoca um maior tempo de ruminação promovendo um alargamento das paredes do rúmen, aumentando seu volume e seu número de contrações, ajudando o rúmen a alcançar seu pleno desenvolvimento.

Fotos: Bismarck Passos 2011

Literatura Consultada

LUCCI, C.S. Bovinos Leiteiros Jovens Nutrição. Manejo. Doenças. Nobel, São Paulo, 1989.